Comer, beber, viver...?

Falando em restaurante escondido... O Waka para mim é a melhor opção para almoço aqui na Paulista... Mas não fica bem na Paulista, fica na Brigadeiro Luis Antônio, mais exatamente no fundo de uma galeria em frente ao Extra Brigadeiro.
Serve poucos pratos, sendo que o teishoku (comercial japonês) do dia é o mais procurado, principalmente pelo preço: R$12,00 "sem troca", ou seja, sem trocar nenhum prato, o que é possível a R$1,00 por troca. Pros dias frios, o Waka também serve Lamen e Udon.
O ambiente é bem típico japonês, com direito a cortininha na entrada, lousa com cardápio do dia e cadeiras no balcão, onde é possível conversar com a dona Hiroko, enquanto ela grita os pedidos para o seu marido na cozinha. (Ela é conhecida entre nós como a mulher do "Trinta Pessoa", pois ela costuma falar o número de pessoas multiplicado por 10).
Fui hoje lá, sexta-feira é mais vazio, e o teishoku de hoje era composto de tsukemono (vegetais em conserva), missoshiro (sopa de soja), salada, sashimi (8 fatias), lamen gelado, arroz e frango empanado. Para beber, banchá. De sobremesa, melancia ou sorvete com azuki. Acho que não dá para pedir mais por este preço.
Mas não é pelo preço que vou lá. A comida tem sabor de arroz com feijão, bife e batata frita da vovó. Macarronada da Mamma. Teishoku da Batchan. Comida japonesa caseira. Você não pode deixar de ir lá se aprecia realmente a culinária japonesa.
No andar superior abriga um zashiki, um tatame para turmas maiores, onde é obrigatório tirar os sapatos. Não é cobrado nada a mais para comer lá em cima, mas se você estiver em menos de 4 pessoas, vai enfrentar o olhar da Dona Hiroko ou mesmo um pedido para que fique no balcão, caso haja lugar.
Entrando no Waka eu me sinto como se estivesse saindo de São Paulo e entrando num pedacinho do Japão... Ao sair, a mesma coisa, me sinto voltando ao stress paulistano diário.

Restaurante Waka
Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 2050 - Loja 15
Cerqueira César - S.Paulo/SP
Tel: (11) 3191-0280

Voltei ao Azami Sushi não uma ou duas, mas três vezes para conferir a qualidade, da primeira vez, cheguei antes de abrir, e das duas ultimas vezes, em horários mais "normais".
Realmente o problema foi só no dia da inauguração. A comida é boa. O atendimento também. E os dois sushimen conseguem dar conta do recado, mesmo com a casa cheia.
Comemos não só o festival como pratos a la carte. Os sushis são bons, bem a moda brasileira (pouco ou nenhum wasabi, servido a parte), os sashimis são honestos. Os temakis são frescos, muito bons. A salada Azami é uma delícia, preciso lembrar de pedir a receita do molho da salada, fantástico.
O timing do festival (rodízio) é bom. Quando você está terminando o prato, chega o outro. Mas é preciso pedir os pratos quentes que vem uma vez só, como teppan de filé mignon (bom, mas vem a mesa sem a chapa quente) e o salmão ou anchova grelhada (muito bons).
O festival peca somente no guiozá, sem tempero, sem gosto e sem molho especial para ele. Sinceramente, não ia fazer falta se retirarem do festival.
A la carte experimentamos somente um combinado (sushi sem wasabi e sashimi igual ao do festival, mas com mais tipos de peixe) e um tempurá, considerado bom e bem enfeitado.
Assim, recomendo como uma opção de restaurante japonês "moderno" no coração da Aclimação.

Azami Sushi: Rua Topázio, 243
http://www.azamisushi.com.br

Já que falamos de Ribeirão Preto, concordo que chopp no Pinguim é obrigatório, mas Ribeirão Preto não fica só nisso. Recomendo fortemente um sorvete por lá. Pode ser no Geraldo, pode ser no Vanessa, mas eu ainda prefiro a Sorveteria do Jô, que fica no centro, na R. Floriano Peixoto. Os sorvetes de frutas são uma opção pra combater o calor dessa terrinha e a ressaca do Pinguim.
E não deixe de experimentar os salgadinhos do Castro Salgaderia. Ainda não comi salgado melhor, mesmo aqui em São Paulo.

E por conta dos saquinhos de plástico, o melhor sanduba que já comi continua sendo no interior: X Tudo acebolado do Clebão. Fica na Rua Presidente Vargas em Ribeirão Preto. Recomendo aos que passarem por lá. Fica aberto a noite toda.
Para comer de madrugada, além do famoso Klebão, existe o Mau Mau, esquina da Av. Nove de Julho com a Visconde de Inhaúma. O Klebão, aliás, era chapeiro de lá. Mas ainda continuam bons os lanches do Mau Mau.
O atendimento do Klebão, aliás, piorou muito. Custa ser atendido por alguém, mesmo com a lanchonete vazia, e as bebidas vieram erradas. Mas também, às 2h da manhã isso deve ser normal...

Gostaria de saber por que aqui em São Paulo as lanchonetes servem sanduiches em sacos de papel. O queijo derretido gruda no papel, os sucos do hamburguer provocam rasgos no papel, melecando tudo. Experimente comer um X Salada com cebola. O papel vai virar uma papa.
Em cidades do interior, servem-se os sandubas em sacos de plástico, bem melhor, suja menos suas mãos, e os sucos do sanduiche se preservam, dando um gosto melhor ao sanduba.
Viva o saquinho de plástico!

Restaurante japonês no coração da Aclimação.

Acabou de inaugurar o Azami Sushi, restaurante japonês localizado na rua Topázio, uma travessa da Av. Aclimação, no coração do bairro mais conhecido por seus restaurantes coreanos, no último dia 14/09 abriu suas portas.
Como glutão que sou, logo sou chamado a atenção pela faixa "Rodízio, R$28,00". Preço bom. Restaurante bonito. Vou experimentar. Decoração bonita, fugindo do padrão "Liberdade" (para japoneses), mais para padrão "Itaim" (para brasileiros).
Bom, munido de muita paciência e pouca fome, já que era inauguração, fui lá conhecer. Chegamos às 20h00.
Pedimos o festival, apesar de estar escrito "Rodízio" na faixa do lado de fora. O festival era composto de yakissoba, missoshiro, kakiaguê, guiozá, salada especial, temaki, sushi e sashimi.
O atendimento foi simpático, mas pouco eficiente. Mandaram nossos refrigerantes para outra mesa. Vem a salada especial. Muito boa, muito boa mesmo. Comemos o kakiaguê e o guiozá, apenas honestos.
20h30: vejo o garçom levar 2 missoshiros e 2 temakis pra uma mesa de 4 pessoas.
20h45: resolvo reclamar... cadê o resto? Mandam o sushi e o sashimi. Muito bons, frescos, bem honestos. O arroz bem temperado. Peixe de boa qualidade, mas... cadê o resto? Exijo o temaki, que vem com o nori úmido.
21h15 e ainda não chegou o missoshiro nem o yakissoba. Reclamo com a dona do estabelecimento, que consegue fazer com que cheguem.
22h00 e depois de ter finalmente provado todo o festival, tento repetir o sushi, o temaki, e o guizá. Consigo apenas um guiozá, frio.
22h30, restaurante fechado, desisto do temaki depois que vejo o garçon levar o meu temaki para a mesa ao lado, de 6 pessoas.
22h40 consigo comer o sushi. E fico feliz, já que a mesa ao lado é informada que acabou o arroz... ou seja, nada de temaki ou sushi, apenas os pratos quentes...
Saímos do restaurante eram 23h00.
O filho da dona explica que a idéia era fazer os sushis na hora, coisa que não funcionou, porque o meu temaki demorou pra vir. A idéia é louvável, visto que a maioria dos restaurantes que fazem rodízio deixam tudo pronto. Mas para fazer conforme o cliente vai pedindo, eu creio que 2 sushimen não são o suficiente... Eu creio que no mínimo 4 para atender a casa, bastante grande com 2 andares.
E eles com certeza não esperavam casa cheia, pois acabou arroz, e até alguns refrigerantes e marcas de cerveja.

Resumo: Pretendo voltar lá, porque o pouco que comi estava bom (menos o guiozá, sem gosto, sem tempero, e sem molho acompanhando) e porque muito da demora foram erros dos garçons que ainda não sabiam onde era cada mesa, e entregaram errados os pedidos. E porque os donos não esperavam casa cheia no primeiro dia.

Mas nunca mais vou a uma inauguração de restaurante, a menos que seja convidado... rs.


Azami Sushi: Rua Topázio, 243
http://www.azamisushi.com.br

Aqui no final da Paulista não temos muitos restaurantes japoneses, mas em compensação temos vários vegetarianos, inclusive um que é chamado de "indiano" mas na verdade é lacto-vegetariano, de influência hare-krishna, o Gopala Prasada.
É um restaurante bom, com tempero "abrasileirado", que conta sempre com apenas duas opções diárias, sendo uma salada, prato principal, suco e sobremesa, sendo que o suco e a salada você pode repetir quantas vezes quiser (ou conseguir, visto a dificuldade de repetir o suco nas horas mais movimentadas do restaurante). O prato custa R$14,00. A meia-porção sai por R$10,00.
Você pode ainda pedir meio a meio (as duas opções do dia, metade cada uma), meia-porção de algum dos pratos do dia, ou então, até o chamado "um quarto/um quarto", que é um quarto de porção de cada um dos pratos do dia.
O cardápio muda a cada dois meses, mas alguns pratos continuam tradicionais. O dia mais concorrido é quinta-feira, dia tradicional da lasanha de queijo. Sexta também eles continuam com a feijoada de feijão azuki. Vale a pena: suco de rosas, pudim de iogurte, gulabjamun (doce lácteo aerado c/ calda de rosas) e tortinha de doce de leite c/ amêndoas. Detalhe: pode repetir a sobremesa, mas é cobrado R$1,00.
Na entrada ficam disponíveis um aperitivo não alcóolico de limão com gengibre e mel, e em vez de café, chá e massala (leite com canela e especiarias).
O cardápio pode ser consultado online em: http://www.gopalaprasada.com.br

É bom pra sair da mesmice dos quilos aqui da Paulista.

Gopala Prasada
R. Antonio Carlos, 413 e 429
Cerqueira César
Tel. 11-3283.3867 / 3289-1911